domingo, 21 de dezembro de 2008

O vapor inglês Corinthian




Não há dúvida que entre bloguistas com interesses afins, se vão criando alguns laços de amizade. É o que me tem acontecido com um amigo recente, a quem Francisco Marques acicatara “o bichinho” da pesquisa referente a lugres dedicados à pesca do bacalhau à linha.

Tendo lido minuciosamente e apreciado o meu relato do naufrágio do lugre Golphinho, em 1914, e relativo protesto, deu conta da intervenção, no salvamento da tripulação, do vapor inglês, Corinthian, pertença da Allan Line, cujo comandante, o Sr. Bamber, foi de uma dedicação extrema, tendo a Liga dos Oficiais, à época, enviado calorosos agradecimentos a este ilustre comandante inglês, bem como participado o facto ao Instituto de Socorros a Náufragos.

À laia de prenda no sapatinho, para eu enriquecer mais a biografia do meu Avô, que ando a vasculhar, enviou-me o referido bloguista a imagem do vapor Corinthian, que resolvi editar.

O Corinthian


Alertou-me igualmente para o pormenor de que o navio em 1914 devia ter a chaminé pintada com as cores da Allan Line (companhia mãe). Na foto, o navio tem a chaminé pintada com as cores de uma associada da Allan Line, a Beaver Line, facto insignificante, porquanto era hábito, na época, transferir os navios dum serviço para outro, sem perda do respectivo direito de propriedade.

O Corinthian esteve para a tripulação do Golphinho, tal como o Carpathia para os 705 sobreviventes do Titanic, em 14 de Abril de 1912, uma das maiores tragédias da história marítima.

Ficou assim enriquecido, em mais um pormenor, o conhecimento que vou obtendo da vida de mar do meu Avô Pisco. Obrigada, pois!

Fotografia gentilmente cedida por Reinaldo Delgado

Ílhavo, 21 de Dezembro de 2008

Ana Maria Lopes


1 comentário:

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

De facto o blogue do nosso Amigo REIMAR é um espaço de interesse marítimo indiscutível. Também gosto de passar por lá.
As companhias Allan Line e Beaver Line já desapareceram há muito, tendo sido absorvidas pela toda poderosa Canadian Pacific, que por sua vez foi engolida pela HAPAG-LLOYD pouco tempo antes de uma tentativa de compra da HAPAG - LLOYD por parte da Neptune Orient Lines, de Singapura.
Esta acção congregou uma série de boas vontades alemãs que determinatram a recusa de venda da companhia e sua manutenção sob controlo Hamburguês.
Estive recentemente à porta da sede da HAPAG-LLOYD, na rua Ballindam, nº 25, um lugar mágico cheio de história marítima europeia...