domingo, 17 de novembro de 2013

Apresentação da «Terras de Antuã», na Câmara de Estarreja

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Ontem, sábado, por ocasião da comemoração do 494º aniversário da outorga do Foral à vila de Antuã, por D. Manuel, em 15 de Novembro de 1519, foi apresentado o número sete da revista Terras de Antuã – História e Memórias do Concelho de Estarreja, mais uma vez com uma assistência numerosa, no belíssimo Salão Nobre dos Paços do Concelho, numa sessão presidida pelo Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina.
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Este VII volume, fim de um ciclo,  é constituído por 13 artigos de dezasseis autores, cujas temáticas vão desde a arqueologia, passando pela arte popular, arte sacra, biografia, conflitos sociais, documentação, construção naval, emigração, entre outras.
Para nós foi gratificante participarmos com o singelo artigo sobre o convívio que fomos tendo desde os anos 80, com o prestigiado Mestre Henrique Lavoura, de Pardilhó, construtor de machado e enxó, até à desactivação do seu estaleiro. Foi sobretudo a construção do barco moliceiro ALFREDO REBELO, que acompanhámos, de que ele nos foi fornecendo todos os pormenores, desde a colocação da tábua da quilha no picadeiro até ao bota-abaixo, na Ribeira da Aldeia. Memórias recentes que, depressa, se tornarão longínquas.
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No estaleiro de Mestre Henrique Lavoura
Desta vez, a capa da Terras de Antuã apresenta uma imagem do Dr. Francisco Barbosa da Cunha e Melo, destacado eclesiástico, natural do concelho de Estarreja, que, para além de Cónego da Sé de Braga, presidiu à Comissão Organizadora do Monumento da Imaculada Virgem do Sameiro, naquela cidade.
Temos o prazer de colaborar com a revista, sabiamente dirigida pelo Dr. Delfim Bismarck, desde o quinto volume, sempre com matérias distintas, relativas à construção naval.
Congratulamo-nos, este ano, com o facto de haver cerca de quatro artigos sob o mesmo tema e com a notícia de grande parte do espólio de construção naval do Mestre Lavoura ter sido doado, pela família, à Câmara de Estarreja, estando, presentemente à guarda da Junta de Freguesia de Pardilhó, depois de ter sido devidamente inventariado – limpo, tratado, preservado, fotografado, etiquetado, medido e descrito, aguardando futura musealização.
Regressámos de Estarreja, com o espírito mais leve, mais arejado e com novos projectos em mente.
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Ílhavo, 17 de Novembro de 2013
Ana Maria Lopes

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