segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Apresentação da «Terras de Antuã», na Câmara de Estarreja

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Anteontem, sábado, por ocasião da comemoração do 495º aniversário da outorga do Foral à vila de Antuã, por D. Manuel, em 15 de Novembro de 1519, foi apresentado o número oito da revista Terras de Antuã – Histórias e Memórias do Concelho de Estarreja, mais uma vez com uma assistência numerosa, no belíssimo Salão Nobre dos Paços do Concelho, numa sessão presidida pelo Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina.

Convite

Este oitavo volume é constituído por 14 artigos de dezasseis autores, cujas temáticas vão desde a arqueologia, passando pela arte popular, arte sacra, biografia, conflitos sociais, documentação, construção naval, emigração, entre outras.
Para nós foi gratificante participarmos com o artigo sobre o convívio que fomos tendo desde 1994, com o prestigiado Mestre António Esteves, de Pardilhó, construtor de machado e enxó, ainda em laboração. O artigo parte do Homem para a obra, obra essa que é evidente na Sala da Ria do Museu Marítimo de Ílhavo e que culminou com a construção da ancestral bateira ílhava. Memórias recentes que, depressa, se tornarão longínquas.

Alguns dos autores participantes na Revista
Desta vez, a capa da Terras de Antuã e o convite apresentam a casa Arte Nova, de Francisco Maria Simões, no Largo da Igreja de Salreu, cujo arquitecto foi Francisco Augusto da Silva Rocha (1864-1957).  
Foi, pois, um prazer de colaborar com a revista, sabiamente dirigida, em estreia, pela Dra. Rosa Maria Rodrigues, ilustre Conservadora da Casa-Museu Egas Moniz.
 
 
Fez 140 anos que nasceu Egas Moniz (1874-2014) e todo o ambiente que se respirava na CME era dedicado ao nosso Prémio Nobel de Medicina, em Outubro de 1949, pelo qual nutrimos um carinho muito especial.
Depois de termos visitado, na Casa da Cultura de Estarreja, uma exposição de pintura «Memórias Resgatadas» de Gina Marrinhas, regressámos com o espírito mais leve, mais arejado e com novos projectos em mente. Talvez venham a ter realização. Quem sabe!... É preciso, sobretudo, sonhar…para, mais tarde, executar.
À noite, folheámos a revista, debruçando-nos sobre alguns dos artigos que mais nos interessaram – As descobertas de Egas Moniz e o seu contexto histórico, da autoria de seus sobrinhos netos e Francisco Augusto da Silva Rocha e a casa de Francisco Maria Simões – Um novo padrão de beleza, pela pena de Maria João Fernandes, crítica de arte e bisneta do arquitecto Silva Rocha.
Ainda está por reconhecer o justo mérito ao Arquitecto, em Aveiro, cuja casa da Família Pessoa, no Rossio, hoje, Museu de Arte Nova, de seu projecto, recebeu o seu nome.
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Fotografias de Etelvina Almeida
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Ílhavo, 17 de Novembro de 2014
Ana Maria Lopes

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